Zelador que passou por reimplante no Hospital SOS Mão se recupera bem

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Zelador que passou por reimplante no Hospital SOS Mão se recupera bem

Os cirurgiões Ana Lécia Lima, Mauri Cortez e José Veríssimo - FOTO EXECUTIVA COMUNICAÇÃO

Os cirurgiões Ana Lécia Lima, Mauri Cortez e José Veríssimo - FOTO EXECUTIVA COMUNICAÇÃO

A cirurgia, feita na sexta-feira (27/04), durou seis horas e refez os vasos e nervos da mão amputada

A cirurgia para o reimplante da mão esquerda do zelador Valdeci Pereira da Cruz, de 53 anos, realizada na última sexta-feira (27/04), no Hospital SOS Mão, teve sucesso. Os cirurgiões José Veríssimo e Ana Lécia Lima, que participaram do procedimento, e o diretor do hospital SOS Mão, Mauri Cortez, falaram nesta quarta-feira (02/05) sobre o caso.

“A cirurgia foi um sucesso. A mão vascularizou bem, já está com sangue fluindo, e ele já consegue mexer os dedos. A sensibilidade e os movimentos devem começar a voltar com o tempo. Daqui a três semanas, ele vai iniciar a fisioterapia e a terapia ocupacional”, explicou a cirurgiã Ana Lécia. Um dos motivos para que o procedimento tenha tido êxito foi o fato de o membro ter sido acondicionado no gelo – procedimento correto e primordial para esses casos.

Após ter a mão decepada por um facão durante um assalto, Valdeci passou por uma cirurgia de seis horas, onde os médicos estabilizaram o osso e reconectaram as artérias, veias, nervos e tendões. O paciente apresentou uma resposta excelente nos dias após a cirurgia, sem sinais de infecção, trombose ou edema. “O pós-operatório está sendo muito bom, sem intercorrências. Caso tudo continue caminhando bem, ele já deve ter alta na próxima semana”, informou o médico José Veríssimo.

Ainda se recuperando, o zelador contou sobre o assalto e agradeceu aos médicos do hospital. ”Eu briguei com os bandidos, dei com um pau em um, porque não queria dar minha bicicleta nem meu dinheiro. Eu ouvi eles dizendo ‘vamos cortar a mão dele’. E aí quando eu fui pra cima, ele deu duas facadas. Eu saí correndo e deixei a mão pra lá. Mas aí o síndico do prédio disse para os funcionários irem procurar minha mão e colocaram no gelo. Achava que não ia ter chance de ter a mão de volta. Só posso agradecer aos médicos que me trataram tão bem aqui”, disse Valdeci.

“O ideal é que uma cirurgia de reimplante seja realizada até seis horas após a perda do membro. Com Valdeci, foram mais de sete horas. Mas, o mais importante é o tipo do acidente e o acondicionamento do membro no gelo. No caso dele, a amputação foi por faca e isso facilita o reimplante porque os nervos não foram destruídos, apenas cortados”, explica o diretor do hospital SOS Mão, o cirurgião Mauri Cortez.

O hospital SOS Mão conta com várias equipes especializadas em reimplantes, disponíveis todos os dias da semana, a qualquer horário. “O SOS Mão é um dos poucos do país a ter esse tipo de atendimento 24 horas por dia. Nós recebemos os pacientes amputados do SUS e, no ano passado, realizamos cerca de 300 cirurgias do tipo. Formamos médicos há 20 anos para realizar os reimplantes”, ressalta Mauri Cortez.

Entenda o caso

O zelador Valdeci Pereira da Cruz, de 53 anos, foi submetido a uma cirurgia de reimplante da mão esquerda, na sexta-feira (27/04), após perder o membro durante um assalto, no bairro do Porto da Madeira, no Recife. O funcionário estava se dirigindo ao prédio onde trabalha, nas primeiras horas da manhã, quando foi abordado por dois bandidos. Ao se recusar a entregar a bicicleta, foi atingido por um golpe de faca. Valdeci chegou ao Hospital SOS Mão, na Ilha do Leite, por volta das 11h, transferido do Hospital Getúlio Vargas.

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