Advogado orienta o consumidor a identificar falsos descontos e evitar fraudes em compras online
A contagem regressiva para a Black Friday 2025 já começou e, junto com as grandes promoções esperadas, vem também o alerta: é preciso cuidado redobrado para não transformar a data em dor de cabeça. Apesar de ser um dos períodos mais aguardados do varejo, o evento também se tornou terreno fértil para fraudes, falsos descontos e vendas de produtos inexistentes. Neste ano, o dia chave é 28 de novembro, e o comércio eletrônico deve registrar crescimento de 17% nas vendas em relação a 2024, segundo projeções da Neotrust, alcançando a marca de R$ 11 bilhões em produtos vendidos. Uma pesquisa da Serasa em parceria com o Opinion Box mostra ainda que 72% dos brasileiros afirmam se planejar para a Black Friday.
Para o advogado Emerson Pontes, com atuação em Direito do Consumidor e sócio do Grupo Abraz, o segredo para aproveitar a Black Friday sem prejuízos é começar a se programar de forma antecipada. “O ideal é iniciar a pesquisa pelos produtos desejados com antecedência para conhecer os valores. A prática de vender na data pela ‘metade do dobro do valor’ é abusiva e deve ser denunciada ao Procon”, orienta.
Direitos de troca e arrependimento
O advogado também reforça que o consumidor deve ficar atento aos prazos de troca e desistência. “O Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante ao comprador o direito de desistência em até sete dias após a coleta do produto em compras online. Além disso, produtos com defeitos possuem um prazo de até 30 dias para troca ou devolução. É essencial que o consumidor se informe sobre prazos de entrega, condições de pagamento e políticas de troca das lojas”, explica.
Cuidados com sites falsos e promoções enganosas
Com o aumento das compras pela internet, crescem também os golpes digitais. “É crucial realizar compras apenas em lojas de confiança, acessando o site diretamente, em vez de clicar em links recebidos por e-mail ou redes sociais”, destaca o advogado com atuação em Direito do Consumidor.
Outro ponto importante é conferir se o site é realmente seguro. “Muitos sites mal-intencionados imitam o visual de grandes lojas para enganar o usuário. Fique atento ao ‘https://’ no início da URL, que indica conexão segura, e ao cadeado ao lado esquerdo da barra de endereço. Porém, lembre-se de que, hoje, sites falsos já conseguem imitar esses símbolos de segurança. É fundamental combinar essa verificação com outras medidas para garantir que o site seja confiável”, aconselha o advogado.
O advogado Emerson Pontes ressalta ainda que a compra por impulso é uma das principais armadilhas da data. “Evite comprar apenas pela emoção. Pesquise sobre o produto e sobre a experiência de outros usuários. A leitura de comentários e notas dadas por outros compradores fornece uma visão mais real sobre a qualidade dos produtos”, pontua.
Orientações sobre pagamento e dados
Entre as orientações do especialista estão priorizar métodos de pagamento seguros, como o cartão de crédito, evitar o uso de PIX para vendedores desconhecidos e não salvar dados de cartão em sites de compra. Também é essencial proteger dados pessoais e nunca informar senhas ou dados bancários por SMS, e-mail ou WhatsApp.
A expectativa é de que milhões de brasileiros aproveitem a Black Friday para antecipar as compras de fim de ano, mas a pressa pode custar caro. “Esteja atento e faça compras de forma consciente. A Black Friday pode trazer ótimas oportunidades, mas a segurança deve ser sempre prioridade. Exija seus direitos e, caso enfrente problemas, recorra ao Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon) do seu estado”, finaliza Emerson Pontes, advogado com atuação em Direito do Consumidor e sócio do Grupo Abraz.



