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Bloco “Ser Diferente é Normal” promove Carnaval acessível e inclusivo para crianças neurodivergentes no Recife

Bloco Ser Diferente é Normal, promovido pelo Instituto Integrarte Dimitri Andrade (1)

O carnaval é conhecido por ser uma festa tradicional e democrática. Pensando também na inclusão de pessoas neurodivergentes, este ano, o bloco “Ser Diferente é Normal”, promovido pelo Instituto Integrarte Dimitri Andrade, vai às ruas no dia 11 de fevereiro (sábado), às 14h, no bairro do Barro, onde encontra-se a sede do Instituto, possibilitando que pessoas atípicas tenham a chance de curtir a folia. Serão 4 horas de animação promovidas por um mini trio elétrico. Também terá banho de caminhão pipa, distribuição de pipoca, algodão doce e bebidas patrocinadas pela Coca-Cola.

A concentração do “Ser Diferente é Normal” será em frente ao Instituto Integrarte na unidade do Barro (Av. Des. Nestor Diógenes de Melo, 353 – Barro, Recife). Camisas e copos personalizados já estão sendo vendidos por R$30. A psicóloga Frínea Andrade, diretora do Instituto e criadora do bloco, enfatiza que adquirir os produtos não é uma prerrogativa para participar. Contudo, quem quiser adquirir, estará ajudando nas atividades e manutenção do Instituto que atende 33 crianças bolsistas. 

Há seis anos o bloco Ser Diferente é Normal acontece com algumas adaptações para promover a participação de todos por meio de cuidados simples, como reduzir um pouco o volume do som, distribuir abafadores auricular para as crianças que se incomodam com o barulho repetitivo e contar com a presença de uma rede de psicólogos e terapeutas ocupacionais. As adaptações não impedem que o bloco de rua seja tão divertido e animado quanto as grandes folias, reunindo as famílias.

O bloco foi criado por Frínea Andrade, psicóloga e diretora do Instituto Integrarte, que também é mãe de um adolescente com autismo. “Quando temos um filho com necessidades específicas, as portas se fecham e só tem espaço para pessoas dentro dos padrões de normalidade. Qualquer característica que saia dessa linha, tende a ficar de fora. Eu sou uma pessoa muito festeira e queria incluir meu filho nisso. Então, pensei em criar o bloco para brincar com o meu filho. Isso se expandiu e tive a oportunidade de abençoar outras famílias”, explica Frínea Andrade.

“O carnaval é uma ação que congrega e esse é um momento para as famílias se divertirem juntas. O nosso intuito não é que o bloco seja só para pessoas com autismo, porque assim não promoveria a inclusão. É um bloco público e para todos que queiram participar, com necessidades específicas ou não”, ressalta Frínea Andrade. 

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