Dia Nacional de Prevenção à Obesidade

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Dia Nacional de Prevenção à Obesidade

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O cirurgião bariátrico Sérvio Fidney enfatiza os cuidados para se precaver da doença que atinge 1 bilhão de pessoas no mundo

O dia 11 de outubro é marcado pelo Dia Nacional de Prevenção à Obesidade. A data foi escolhida como marco para conscientizar a sociedade sobre os riscos da obesidade e enfatizar a importância de seguir os cuidados necessários para combater a doença que afeta milhares de pessoas no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas. A doença atinge 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças. Esse número continua aumentando e estima-se que, em 2030, a obesidade deve atingir 30% da população adulta brasileira, conforme aponta um levantamento publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation).

Uma das maiores preocupações médicas relacionadas à obesidade é o grande risco do desenvolvimento de doenças relacionadas. “A obesidade atinge órgãos como o coração, fígado, rins, articulações e sistema reprodutivo. Existem patologias que apresentam uma íntima relação com o diagnóstico de obesidade, como a hipertensão arterial, a diabetes, doenças cardiovasculares, a esteatose hepática e a síndrome metabólica. Nesta última, a gordura acumulada nos tecidos periféricos aumenta a resistência à ação da insulina elevando os níveis de glicose no sangue. Quando esta situação estiver associada à hipertensão arterial, ao aumento dos níveis de colesterol, triglicérides e da circunferência abdominal, podemos diagnosticar no paciente a síndrome metabólica”, explica o cirurgião bariátrico Sérvio Fidney.

Além dessas patologias, pesquisas científicas mostram que pessoas acima do peso ou obesas possuem uma maior probabilidade de desenvolver vários tipos de câncer. “Essa relação ocorre por dois principais fatores. O primeiro é o acúmulo de gordura nas células que gera uma inflamação crônica, o que pode originar alterações celulares que predispõem a formação do câncer. O segundo mecanismo é na parte hormonal, pois a célula gordurosa pode gerar alterações dos hormônios sexuais, transformando os hormônios femininos em masculinos, e estimular as células sensíveis a estes hormônios, como próstata, mama e ovários, o que estimula o surgimento da doença”, explica o cirurgião bariátrico Sérvio Fidney.

“A obesidade é uma doença multifatorial e a genética é um desses fatores que influenciam no surgimento da doença, mas não é o mais importante. A doença tem uma relação direta com os hábitos de vida, como a má alimentação e sedentarismo. O gasto de energia precisa ser maior do que a caloria advinda do consumo de alimentos. Para se precaver, é crucial manter uma alimentação balanceada, saudável, com ingestão de frutas, verduras e alimentos ricos em proteínas e vitaminas, além da prática regular de atividade física”, alerta o especialista.

Sérvio Fidney é médico cirurgião formado pela Universidade Federal de Pernambuco e especialista em cirurgia bariátrica, cirurgia geral, do aparelho digestivo e cirurgia videolaparoscópica. Possui mestrado em cirurgia e residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das Clínicas – UFPE. É membro da Sociedade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica desde 2015 e preceptor da residência médica em Cirurgia desde 2011. É chefe do serviço de Cirurgia Geral e Bariátrica do Hospital Agamenon Magalhães (SUS-PE) e cirurgião da equipe do Real Hospital Português e do Hospital Memorial São José.

Instagram: @drserviofidney

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