Crianças autistas atendidas pelo Instituto Dimitri Andrade apresentam Cantata Natalina no Recife

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Crianças autistas atendidas pelo Instituto Dimitri Andrade apresentam Cantata Natalina no Recife

Cantata Natalina promovida pelo Instiituto Dimitri Andrade em 2022 com crianças autistas (1)

O evento acontece no dia 18/12 (segunda-feira), às 15h, no COMPAZ Miguel Arraes e contará com a participação de 22 crianças atuando no espetáculo

Para celebrar o Natal de forma inclusiva, o Instituto Dimitri Andrade promove mais uma edição da Cantata Natalina com crianças e adolescentes neurodivergentes. O evento será realizado no dia 18 de dezembro (segunda-feira), das 15h às 16h, no Centro Comunitário da Paz (COMPAZ) Miguel Arraes,  na Av. Caxangá, 653, Madalena, Recife. O espetáculo será apresentado por 19 crianças neurodivergentes e 3 crianças típicas atendidas pelo Instituto que desenvolveram a capacidade de estar em público durante as terapias.

Nesta edição, as crianças e adolescentes apresentarão o enredo do livro “Zuri, o rinoceronte sem chifre”, de autoria da psicóloga Frínea Andrade, que traz em sua narrativa, por meio da personificação de animais, os preconceitos da sociedade com relação às diferenças. A sua principal lição é lembrar que ser diferente é normal. Inserindo a temática natalina, Zuri vem para o Nordeste com sua família, onde encontrará os animais da fauna. Estando fora dos “padrões” por ser um rinoceronte, espécie não existente no Brasil e, ainda por cima, sem chifre, ele fará novas amizades e passará a conhecer cinco estados do Nordeste, finalizando sua jornada em Pernambuco.

“Quando temos um filho com necessidades específicas, as oportunidades de educação, lazer e esportes ficam mais escassas, pois a sociedade tende a fixar-se nas características físicas, comportamentais ou intelectuais apresentadas pelo sujeito, esquecendo-se das potencialidades de cada indivíduo. Produzir mais uma edição desta cantata é uma realização muito grande, pois tudo que buscamos é a inclusão e o Instituto está comprometido em demonstrar que podemos fazer um lindo espetáculo adaptado às singularidades de cada um. As diferenças nos impõe barreiras e queremos mostrar para a sociedade que nossos filhos são capazes. Este ano, nossa intenção é levar a cultura nordestina como sinônimo de resistência e o Natal como ideal de amor através do nascimento de Jesus, correlacionando as diferenças e especificidades da falta de chifre de Zuri como forma de desconstruir os apontamentos preconceituosos a respeito de seus aspectos únicos”, aponta a psicóloga Frínea Andrade, que também é diretora e fundadora do Instituto Dimitri Andrade e mãe de adolescente com autismo.

O evento será todo adaptado com volume de som e iluminação adequados para não trazer incômodos e desorganização às pessoas neurodivergentes que são sensíveis a esses estímulos. Os ensaios foram conduzidos por psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, educadores físicos e musicoterapeutas.

“A musicalização e as artes são práticas importantes inseridas na terapia para o desenvolvimento das crianças. Elas facilitam a exteriorização e comunicação de sentimentos, o controle das emoções, combatendo a timidez e estimulando à memória, atenção, concentração, além de integrar corpo e mente e estimular técnica e criatividade. Através da musicalização, crianças com autismo encontram uma maneira de se relacionar com o mundo e desenvolvem a alfabetização, a capacidade inventiva, a expressividade, a coordenação motora e a motricidade fina, além da percepção sonora, percepção espacial e raciocínio lógico”, explica a psicóloga Frínea Andrade.

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