Estudos revelam que uma em cada 10 mulheres sente dor durante a relação sexual

No dia 06 de setembro é comemorado o Dia do Sexo, uma data para celebrar a intimidade e o prazer das relações. No entanto, um grande número de mulheres não conseguem desfrutar de relações sexuais prazerosas devido a dores e desconfortos durante o sexo, um problema que costuma afetar o bem-estar desse público trazendo impactos também nas áreas emocional e social, e diminuindo a qualidade de vida. Estudo desenvolvido por cinco universidades britânicas sugere que uma em cada 10 mulheres sente dor durante a  relação sexual. Apesar da anormalidade, o assunto ainda é um tabu e a condição é frequentemente negligenciada.

A ginecologista Israelina Tavares, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima, alerta que as dores na relação sexual podem surgir em mulheres de qualquer idade, ou seja, em qualquer fase da vida da mulher. Mas é mais comum surgir a partir dos 40 anos, na fase da perimenopausa, que antecede a menopausa, quando começam a diminuir os hormônios. Outra causa importante é o uso de medicações, principalmente medicações antidepressivas e anticoncepcionais, pois diminuem a lubrificação e podem causar a dor na relação sexual; o uso de produtos irritantes na vagina, o uso de duchas vaginais e infecções recorrentes também podem causar esse ressecamento, a amamentação, entre outros.

“Na menopausa, as dores na relação sexual tem uma íntima ligação com a deficiência hormonal e ocorrem, principalmente, por conta da diminuição do estradiol, que é o hormônio responsável por manter a lubrificação da região vaginal, a elasticidade. Então, quando acontece essa deficiência,a mucosa da vagina fica mais fina, fica mais sensível, surge o ressecamento e em consequência a dor na relação sexual,” explica a médica  ginecologista Israelina Tavares.

Existem outras causas de dores e desconfortos sexuais relacionados a problemas na região íntima:

● Vaginismo (condição onde a mulher, na grande maioria das vezes, não consegue ter relação sexual por penetração, por conta da contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico);

● Vulvodínia (condição onde a mulher sente ardência, queimação, picadas na região íntima, e aí ela impossibilita de ter uma relação sexual mais prazerosa);

● Endometriose;

● Infecções sexualmente transmissíveis.

A baixa libido e as dores durante o sexo podem impactar negativamente a autoestima das mulheres, prejudicar o relacionamento e criar um sentimento de culpa. Muitas não buscam ajuda, acreditando que essas dificuldades são normais, o que gera um ciclo vicioso. O problema se intensifica, afetando o relacionamento, aumentando a ansiedade e, em alguns casos, levando à depressão.

A ginecologia regenerativa oferece diversos tratamentos para melhorar a qualidade de vida de mulheres com ressecamento vaginal e dor durante o sexo. O tratamento é personalizado, de acordo com a causa do problema. Para ressecamento causado por deficiência hormonal, podem ser usados terapia hormonal e laser íntimo. Em casos de endometriose, a mudança do estilo de vida é fundamental; já no vaginismo pode ser feito o botox, associado a fisioterapia pélvica e psicoterapia. Quando há fissuras vaginais, podem ser aplicados exossomas, PDRN ou ácido hialurônico para melhorar a lubrificação e aliviar a dor.

“O principal alerta que podemos deixar para essas mulheres, é que sentir dor durante a relação sexual não é normal e se você está enfrentando esse desconforto, não ignore os sinais do seu corpo, busque a ajuda de um profissional para entender o que está causando e, assim, buscar o tratamento adequado o quanto antes”, enfatiza a ginecologista Israelina Tavares, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima

Israelina Tavares é médica ginecologista obstetra, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), possui Residência Médica em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pós-graduação em Rejuvenescimento Íntimo e Estética Genital pelo Instituto Lapidare (SC).  É referência em cirurgia estética íntima, laser íntimo e reposição hormonal. Expert reconhecida pela Academia Brasileira de Ginecologia Regenerativa, Estética e Funcional (ABGREF).

instagram: @draisraelinatavares