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Junho Violeta reforça prevenção do ceratocone

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Cerca de 150 mil pessoas por ano são afetadas pela doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde

A campanha Junho Violeta alerta para a conscientização sobre a prevenção do ceratocone, uma doença que afeta a córnea, causando uma curvatura irregular onde a espessura da córnea vai diminuindo e ficando pontiaguda, semelhante ao formato de um cone. A doença tem como características principais a instabilidade do grau ocular e a diminuição da percepção de objetos e formas e compromete a acuidade visual, que é a aptidão do olho para distinguir e perceber detalhes visuais.

O oftalmologista Ermano Melo, do Oftalmax, afirma que a doença é causada pelo somatório de fatores genéticos e pode ser agravada pelo hábito constante de esfregar os olhos que pode gerar um trauma crônico. “A córnea é feita de colágeno, e existem diversos tipos dele, que pode ser um pouco mais delicado ou  mais resistente;  a combinação de um colágeno frágil com trauma mecânico, como coçar os olhos, pode gerar o ceratocone”, aponta.

Pacientes com quadros de rinite, dermatite, sinusite entre  outras alergias, são os mais vulneráveis a desenvolver a doença porque têm o hábito  de coçar constantemente a região dos olhos.  Os principais sintomas do ceratocone são dificuldade de enxergar, até mesmo de óculos, sensibilidade à luz, e aberrações ópticas de difícil correção.. Em casos mais graves, pode ocorrer a baixa acuidade visual severa e necessidade de transplante.. “Na maioria dos casos as pessoas não percebem que têm a doença, isso acontece pois os estágios iniciais são discretos, por isso é crucial as consultas regulares com o oftalmologista, pois o diagnóstico precoce e a prevenção são as melhores formas para combater essa doença”, alerta o oftalmologista Ermano Melo.

A patologia pode ser classificada em quatro graus evolutivos. No seu estágio inicial, não existem alterações importantes nos exames clínicos, apenas a baixa da visão, que pode ser corrigida com óculos ou lentes de contato. Já em casos mais avançados, as diferenças ficam em evidência, e seu tratamento se dá através do uso de lentes especiais, ou a realização de tratamentos cirúrgicos.

“Existe a reabilitação visual que é utilizada em casos de ceratocone leve, e o uso de óculos contribuirá para que o paciente enxergue bem. No caso de ceratocone avançado, lentes de contato especiais podem ser utilizadas para reabilitar a visão. Existem tratamentos cirúrgicos como o crosslinking, para evitar a progressão, e o anel de ferrara,  para diminuir o ceratocone e melhorar a visão, mas o principal fator é a prevenção, evitar a evolução, e isso se faz controlando a alergia dos olhos, o hábito de coçar, e a consulta regular ao oftalmologista”, enfatiza o especialista.

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