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Saúde da Mulher: mulheres são mais propensas a desenvolverem varizes

Angiologista e cirurgiã vascular Beth Moreno

A angiologista e cirurgiã vascular Beth Moreno explica os motivos e aponta técnicas mais modernas que permitem tratar as varizes sem cirurgia

As varizes afetam milhares de pessoas em todo o mundo, causando desconfortos como pernas inchadas, dores intensas, sensação de peso e cansaço nas pernas e câimbras noturnas. As mulheres são as mais suscetíveis ao problema, que pode comprometer a autoestima. Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) apontam que as varizes atingem, em média, 38% da população no Brasil e 45% das mulheres. Um levantamento realizado pela SBACV que analisou dados de 2013 a 2022 mostra que 76% dos 695 mil casos registrados neste período foram em pessoas do sexo feminino. A cada hora, em média, seis mulheres são submetidas a cirurgias para tratamento do problema pela rede pública de saúde.

 “As varizes são veias dilatadas e tortuosas de coloração azulada ou avermelhada que surgem ao longo das pernas e são comumente associadas a questões estéticas. Porém, na grande maioria das vezes, existe realmente uma doença venosa associada ao surgimento dos vasinhos que, se não tratada, pode gerar complicações. As varizes calibrosas, por exemplo, podem evoluir para quadros de tromboflebite – coágulos que se formam superficialmente dentro da veia – podendo gerar trombose venosa profunda e até complicar com embolia pulmonar. Em alguns pacientes também é possível avançar para quadros de úlceras”, explica a angiologista e cirurgiã vascular Beth Moreno.

A alta taxa de incidência de varizes em mulheres está ligada a diversos fatores que vão desde alterações hormonais até hábitos de vida. “O principal fator de risco para as varizes é a hereditariedade, mas alterações hormonais que são comuns na gestação, ao longo do ciclo menstrual e na menopausa afetam a dilatação das veias, sendo mais propensas a formar varizes, assim como o uso de anticoncepcional e a terapia de reposição hormonal. Além disso, durante a gestação a quantidade de sangue circulante aumenta, e o aumento do útero comprime as veias do abdome e da região pélvica da mulher, o que dificulta o retorno do sangue das pernas para o coração”, explica a especialista Beth Moreno.

Outros fatores como obesidade, longos períodos de pé e sedentarismo também podem influenciar no aparecimento e agravamento dos sintomas das varizes. Por isso, a angiologista aconselha a ter alguns cuidados simples para melhorar a sintomatologia,  como praticar exercícios físicos de modo regular, principalmente musculação, uso de meias elásticas, realização de drenagem linfática, e ter uma boa hidratação, além de evitar aumento de peso e fazer pausas regulares para movimentar as pernas após longos períodos em pé ou sentada.

Para quem já sofre com as varizes, existem tratamentos mais modernos que auxiliam na resolução do problema sem precisar de procedimento cirúrgico, a depender do caso da paciente e da veia a ser tratada. “Estamos evoluindo muito no diagnóstico da doença venosa, principalmente com métodos de imagem como o USG doppler e realidade aumentada, e também na prevenção da dor, com sedação consciente durante os procedimentos, o que faz com que possamos realizar técnicas mais modernas a nível de consultório, que evitam uma internação hospitalar. Estes métodos dão uma maior qualidade de vida e melhora da autoestima do paciente, com a mínima interrupção das atividades físicas e profissionais”, enfatiza a angiologista.

Dentre os procedimentos destacam-se o laser, a espuma, a cirurgia ambulatorial com sedação consciente com óxido nitroso, o endolaser de safena optando-se cada vez mais por intervenções minimamente invasivas e com rápida recuperação. “Em meio a diversidade de tratamentos, é muito importante procurar um médico especialista para que a melhor técnica seja indicada após um bom diagnóstico”, completa a angiologista e cirurgiã vascular Beth Moreno.

Dra. Beth Moreno é angiologista e cirurgiã vascular, possui referência no tratamento das varizes com laser e espuma e no tratamento da veia safena com o endolaser. Título de especialista em cirurgia vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Integra a equipe de cirurgia vascular do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira  (IMIP). Instagram: @bethmorenovascular

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