A gestação e, sobretudo, o período pós-parto representam uma fase de intensas transformações físicas e emocionais na vida da mulher. O corpo precisa de tempo para se restabelecer e, nesse processo, é comum que ocorram alterações na região íntima que comprometem a qualidade de vida. Independentemente da via de parto, sintomas como sensação de flacidez vaginal, perda involuntária de urina e dor durante as relações sexuais são queixas frequentes após o nascimento do bebê.
A ginecologista Israelina Tavares, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima, faz um alerta: embora esses desconfortos sejam recorrentes, não devem ser considerados normais e, mais importante, têm tratamento. “Durante a gravidez, o aumento da pressão intra-abdominal sobrecarrega a musculatura do assoalho pélvico, o que pode enfraquecê-la, resultando em flacidez vaginal e incontinência urinária. Esses sintomas podem aparecer nas primeiras semanas após o parto, mas se persistirem além do puerpério, é fundamental buscar avaliação médica”, explica a especialista.
Dor na relação sexual após o parto: quando é preciso investigar
Outro problema que afeta muitas mulheres nesse período é a dor durante a relação sexual, que pode estar relacionada a alterações hormonais. “A queda nos níveis de estrogênio, associada ao aumento da prolactina, hormônio responsável pela produção de leite, pode reduzir a lubrificação vaginal, causando ressecamento e desconforto. Além disso, o uso de certos medicamentos ou a presença de lacerações pós-parto também podem agravar”, detalha Israelina Tavares, que é expert reconhecida pela Academia Brasileira de Ginecologia Regenerativa, Estética e Funcional (ABGREF)
Como prevenir?
- Fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, através da fisioterapia pélvica, antes e durante a gravidez
- Evitar o ganho excessivo de peso
Formas de tratamento
- Fisioterapia pélvica;
- Sessões de laser íntimo;
- Tratamento cirúrgico em casos mais severos, e na persistência da incontinência urinária após o puerpério.
Para quem já está enfrentando problemas na região íntima no pós-parto, a ginecologista destaca que tratamentos de rejuvenescimento íntimo com laser íntimo podem ser uma solução para proporcionar bem-estar. “O laser íntimo é uma excelente tecnologia não invasiva que age na mucosa vaginal estimulando a produção de elastina e fibroblastos, aumentando o colágeno local e, consequentemente, melhorando a lubrificação, a firmeza e a elasticidade da vagina. Dessa forma é possível tratar ao mesmo tempo a incontinência urinária, a flacidez e as dores durante a relação sexual”, destaca Israelina Tavares.
A aplicação é feita no consultório e a sessão dura em torno de trinta minutos. O tratamento costuma iniciar com três sessões, mas a quantidade pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e as necessidades de cada paciente. Os efeitos costumam durar em torno de um ano, sendo recomendada uma manutenção anual. No entanto, é importante acompanhar de perto os sinais do corpo, pois, em alguns casos pode ser necessário ajustar a frequência das sessões para garantir os melhores resultados. O procedimento é bem tolerado, praticamente indolor e sem efeitos colaterais
Israelina Tavares é médica ginecologista obstetra, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), possui Residência Médica em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pós-graduação em Rejuvenescimento Íntimo e Estética Genital pelo Instituto Lapidare (SC). É referência em cirurgia estética íntima, laser íntimo e reposição hormonal. Expert reconhecida pela Academia Brasileira de Ginecologia Regenerativa, Estética e Funcional (ABGREF)
