Refluxo: conheça as consequências do problema que afeta mais de 25 milhões de brasileiros

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Refluxo: conheça as consequências do problema que afeta mais de 25 milhões de brasileiros

Sérvio Fidney, médico cirurgião, especialista em cirurgia bariátrica, cirurgia geral, do aparelho digestivo e videolaparoscópica

Se não tratado, o refluxo gastroesofágico pode evoluir para doenças como estenose de esôfago e câncer

Segundo dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), estima-se que cerca de 25,2 milhões de brasileiros sofrem com o refluxo gastroesofágico. O número é equivalente a 12% da população. A doença que se caracteriza pelo retorno involuntário do conteúdo do estômago para o esôfago, pode se apresentar desde formas leves a desconfortos intensos e recorrentes e, se não tratada, pode evoluir para doenças mais sérias como a estenose de esôfago e câncer.

Existem diversos fatores que favorecem o desenvolvimento do refluxo gastroesofágico como a obesidade, diabetes, alterações hormonais, o uso de alguns medicamentos, além da ingesta alcoólica e de alimentos como o chocolate. Inicialmente, o refluxo pode causar simples incômodos após algumas refeições, mas o problema pode persistir e causar graves consequências.

“O refluxo gastroesofágico é uma doença comum que atinge muitas pessoas, o fumo, as bebidas alcoólicas e alguns hábitos alimentares podem desencadear o refluxo, mas a obesidade é um dos principais fatores ligados ao problema. A doença, que se apresenta através de sintomas como a regurgitação, dores no tórax, salivação excessiva e náuseas, pode se tornar persistente e, com isso, desenvolver uma série de complicações como sangramentos, erosões, úlceras e o esôfago de Barrett, a complicação mais temida, responsável pela alteração da mucosa do esôfago, sendo um dos principais fatores para gerar o câncer de esôfago”, explica o cirurgião bariátrico e digestivo Sérvio Fidney.

O problema é originado pela passagem do conteúdo do estômago (suco gástrico) para o esôfago, que não está preparado para receber esse líquido ácido. Quando o esôfago passa a sofrer muitas exposições à acidez do suco gástrico, pode haver complicações sérias.

refluxo é uma doença que tem tratamento e é importante buscar a ajuda de um especialista. “Na maioria das vezes, o refluxo pode ser controlado através de medicações e tratamentos orais prescritos especificamente para cada paciente. Em casos de falha terapêutica, ou seja, quando o medicamento não funciona ou o paciente não pode fazer uso do remédio indicado, o recomendado é realizar a cirurgia para combater o refluxo. É necessário estar atento às comorbidades ligadas à doença, entre elas se destaca a obesidade, e nestes casos controle dela é fundamental no combate e cura do refluxo”, completa o médico especialista Sérvio Fidney.

Sérvio Fidney é médico cirurgião formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em cirurgia bariátrica, cirurgia geral, do aparelho digestivo e cirurgia videolaparoscópica. Possui mestrado em cirurgia e residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das Clínicas – UFPE. É membro da Sociedade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica desde 2015 e preceptor da residência médica em Cirurgia desde 2011. É chefe do serviço de Cirurgia Geral e Bariátrica do Hospital Agamenon Magalhães (SUS-PE) e cirurgião da equipe do Real Hospital Português e do Hospital Memorial São José.

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